ESTUDO DO LIVRO: CRISTO
Pietro Ubaldi
Para reforçar nosso estudo sobre o fenômeno da Queda, vamos ver o que diz Ubaldi em O Sistema:
PU analisa em detalhes o 3º
aspecto do Tudo-Uno, o aspecto de Deus-Filho. “Deus nos aparece como uma
infinita multidão de seres” (os puros espíritos perfeitos recém-criados). “Isso
não significa fracionamento ou dispersão da Unidade, pois as criaturas surgiram
todas organicamente coordenadas, funcionando de acordo com a Lei, subordinados
todos a Ele, como centro do Sistema.”
Ubaldi acrescenta que “sendo
as criaturas centelhas de Deus, deviam
possuir as qualidades do fogo central, tendo em 1º lugar a liberdade.”
Conforme visto naquele trecho de Deus e Universo (da última postagem), as
criaturas “deviam ser livres e conscientes, aceitando permanecer na ordem por livre adesão.”
Ubaldi afirma ainda que “os
elementos eram hierarquicamente coordenados num organismo, portanto não podiam ser
idênticos ao centro, ao qual, no que respeita ao conhecimento e poderes, tinham
de ficar subordinados”, tendo como 1º dever a obediência. A liberdade, num sistema de ordem, deve se manter em perfeita adesão à Lei
(pensamento e vontade de Deus), sem o que, poderia ultrapassar os limites
impostos e subverter aquela ordem.
“Todavia, a liberdade é tal
que contém a possibilidade do arbítrio e do abuso, significando a capacidade de
quebrar a unidade orgânica do Sistema... Se essa infração ocorresse, a
desordem, nascida no seio da ordem, produziria, pelo menos na parte inquinada,
uma fratura, um emborcamento e uma queda”.
Após essas colocações Ubaldi
inicia a argumentação contrária visando esgotar e aprofundar o tema, dizendo: “Mas
como seria possível que O Sistema, obra de Deus, fosse tão imperfeito a ponto
de poder desmoronar a cada momento?”
É uma pergunta muito intrigante e
que nos faz realmente pensar: Sendo Deus perfeito, Sua obra deveria ser
perfeita; em sendo perfeita, como estaria sujeita à essas subversões dos
rebeldes?
Responde Ubaldi: “Não. Era tão
perfeito que, justamente por isso, continha, deixada à mercê da livre vontade
do ser, a possibilidade de uma queda, podendo até desmoronar, mas sem dano
definitivo. Se isso podia ocorrer é porque O Sistema era perfeito a tal ponto
que seria capaz de ressurgir de sua queda, tornando inócuo, em última
análise, esse perigo e erro.” Acrescenta Ubaldi que isso não era
imperfeição, mas, sim, uma 'super perfeição' (se é que podemos definir graus de
perfeição, mesmo que para fins didáticos), pois tudo estava previsto e a Lei
continha o remédio que curaria a possível queda.
(continua...)
Conheça a vida e a obra de Pietro Ubaldi
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