domingo, 26 de novembro de 2017

Dor



Grande e maravilhosa lei de equilíbrio e de justiça esta pela qual a dor, quando cumpriu sua função de levar a alma até a superação da animalidade,  afasta-se em silêncio!

O mistério da redenção é um mistério de dor e de amor.  A dor é o cansaço da ascensão, que laboriosamente leva à felicidade, que assim deve ser conquistada. Mas, se a dor faz a evolução, a evolução anula progressivamente a dor. Então, a anulação da dor se processa através da dor. Com seu exemplo, Cristo nos veio mostrar estes profundos aspectos da Lei. A dor é uma característica de determinada fase de nossa evolução, em que funciona necessariamente como agente de transformação; desaparece quando preenchida a sua finalidade, apenas seja alcançado um alto plano de vida. A dor é uma condição de vida inerente à matéria, durante a fase humana. Na desmaterialização do ser essa condição desaparece. A dor é uma dissonância que vem reabsorvida na harmonização; é uma densidade que se vaporiza na espiritualização.
Cristo veio ensinar o caminho da superação da dor, através da dor e da espiritualização. Antes de Cristo a dor era feroz, terrível, sem piedade. Cristo fez dela a via mestra da ascensão, da liberdade, da redenção. Fez dela uma força amiga, indispensável para a conquista do nosso bem e da nossa felicidade. A fera inimiga suavizou-se, domesticou-se, é útil colaboradora: a coisa temida e maldita se faz santa e amada e nós a apertamos ao coração como um salva-vidas. Cristo derrubou e refez a concepção humana, fazendo do vencido um santo, um herói, um vencedor. Cristo desceu e se fez presente e sensível no fundo das almas que sofrem, irmanando-se com elas no Seu amor, tomando própria a sua dor, a cada dia, justamente como o fez sobre a cruz.
É lógico que a dor, sendo um instrumento de ascensão, se destaque do eu quando a ascensão é terminada. É necessário, na ordem do universo, que a dor caia quando for superada a função evolutiva de prova e de lição. Quando tivermos compreendido tudo e com isso houvermos esgotado sua função de escola e de expiação equilibradora na ordem dos impulsos morais, ela cai, como as outras ilusões da vida. Então, não só não se verificam mais - por haver sido alcançada a medida do débito - as condições exteriores da dor , mas advém um fato novo: mesmo que a dor permaneça como fato exterior, advém por evolução uma tão profunda transformação de personalidade, que ela lhe escapa. A evolução, levando-a a uma fase nova, deu-lhe um novo modo de ser no qual a dor não repercute com as mesmas reações do nível humano; em outros termos, a ascensão levou o espírito a tal grau de harmonização (amor divino), que não existe mais dissonância que tenha força para a penetrar e alterar. Então, mesmo que permaneçam idênticas as condições ambientes, o choque daquela força não encontra mais impulsos antagônicos nem reações contra as quais se assanhe por sua expansão — e desaparece sem resistência. O instrumento receptivo mudou e bastou esta mudança de natureza, para que se transformasse completamente a gama de suas ressonâncias.

 Do livro " Ascese Mística"  parte II  cap 11

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

4º ENCONTRO VIRTUAL CEU-BRASIL



4º ENCONTRO VIRTUAL
CEU-BRASIL
MENSAGEM AOS CRISTÃOS
E
MENSAGEM AOS HOMENS DE BOA VONTADE
(24/11/2017 às 21:00hs - DF)
Olá amigos!
É com alegria que informamos o nosso 4º Encontro Virtual realizado via canal YouTube do João Attilio.
Veja, reveja e faça seus comentários e observações. Estudando juntos aprendemos melhor! Convide seus amigos!! Visite este nosso blog! Faça seus comentários!! Bons estudos e práticas!!!! 😁

Disponível em:

sábado, 18 de novembro de 2017

MUSEU PIETRO UBALDI - José Amaral


MUSEU PIETRO UBALDI
Apresentado por José Amaral

Imperdível!!!!
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Convide seus amigos a conhecer a vida e a obra do Prof. Pietro Ubaldi. Divulgue este blog!! Obrigado.





domingo, 12 de novembro de 2017

3º ENCONTRO VIRTUAL CEU-BRASIL - MENSAGEM DO PERDÃO




3º ENCONTRO VIRTUAL
CEU-BRASIL
MENSAGEM DO PERDÃO
(10/11/2017)

Olá amigos!
É com alegria que informamos do nosso 3º Encontro realizado via canal YouTube do João Attilio.
Veja, reveja e faça seus comentários e observações. Estudando juntos aprendemos melhor!

Disponível em:


Divulgue para seus amigos! Convide-os para participarem conosco!! Bons estudos.










sábado, 4 de novembro de 2017

Missão Cristocêntrica...



Missão cristocêntrica


A missão de Pietro Ubaldi foi cristocêntrica, convergindo para o Evangelho vivo dos tempos atuais, com novos conhecimentos em relação ao "Céu", numa linguagem ultramoderna.

Essa posição de medianeiro da alta espiritualidade transformou-o num eleito de Jesus Cristo, e porta­dor de mensagens ainda desconhecidas da humanidade, neste alvo­recer do terceiro milênio.

Ele dominava o Evangelho porque o vivia e se recordava de que no “domingo de ramos”, Cristo fora recebido com flores e no sexto dia crucificado. “Sua Voz” também havia dito: “o mundo parece espargir rosas, mas, na verdade, distribui espinhos; eu vos ofereço espinhos, porém vos ajudarei a colher as rosas”.

Transcrevemos alguns tópicos de “Princípios” que podem servir de roteiro a todos nós:

1) O primeiro dever de uma revista que nasce é orien­tar, claramente, seu pensamento e declarar com sinceridade seus objetivos: uma linha de conduta segundo princípios aos quais, de­pois, deverá permanecer fiel.

2) O que importa não é a pessoa, mas a ideia.

3) Todos nós temos o dever do exemplo, primeiro dever, somente com o qual se podem pregar quaisquer princípios, demons­trando, antes com fatos que com palavras, que eles podem ser vi­vidos.

4) Oferecer, nunca impor a verdade. Eis o patrimônio espiritual de cada consciência. Nunca introduzir-se na alma alheia com a violência da argumentação, numa guerra de ideias, para sub­jugar o semelhante; antes, procurar todos os meios de comunicação que conduzam à compreensão.

5) A nova era é a da bondade na compreensão reciproca; da convicção de todos no seio de um mesmo Deus: é a era do amor. O princípio é: procurar o que une e evitar o que divide.

6) Evitar o espírito de polêmica, pois este é considera­do como expressão na psicologia de um tipo biológico atrasado, que está sendo, cada vez mais, superado pela evolução.

7) Compreendamos que a verdade é relativa e progressiva e que nos foge em seu aspecto absoluto. Nós relativos, não po­demos possuí-la senão por progressivas aproximações.

8) Sejamos sempre construtivos, isto é, operemos em sentido positivo, unitário, como é o bem, e jamais sejamos destru­tivos, isto é, nunca sejamos em sentido negativo, separatista, como é o mal.

9) Que o Evangelho, tão pouco vivido até hoje, se transforme na forma de vida do homem novo, num novo método de vi­ver, que penetre cada ato nosso, demonstre que somos evolvidos e se manifeste com nosso exemplo a cada momento.

10) Nosso Lema é: Universalidade e Imparcialidade.




quinta-feira, 2 de novembro de 2017

O PERDÃO DA PORCIÚNCULA - Carta do Bispo Teobaldo de Assis





O PERDÃO DA PORCIÚNCULA


Carta do Bispo Teobaldo de Assis

Aqui se propõe o texto completo do documento traduzido a partir da recente edição paleográfica feita sob os cuidados de Stefano Brufani a partir do original, onde ainda se conserva pendente o selo de cera; documento esse conservado no arquivo público do Estado de Perugia, Corporações religiosas supressas, São Francisco ao Prado, pergaminho 56 (1310, agosto, 10), descoberto em 1964 por Roberto Abbondanza. Segue o documento:

“Irmão Teobaldo, por graça de Deus, Bispo de Assis, aos fiéis cristãos que lerem esta carta, saúde no Salvador de todos.
Por causa de alguns faladores que, impelidos pela inveja, ou talvez pela ignorância, impugnam desaforadamente a indulgência de Santa Maria dos Anjos, situada perto de Assis, somos obrigados a fazer esta comunicação a todos os fiéis cristãos. Através da presente carta, queremos comunicar o modo e a forma desse benefício e como o bem-aventurado Francisco, enquanto estava vivo, o impetrou ao senhor papa Honório.
Morando, o bem-aventurado Francisco, junto à Santa Maria dos Anjos da Porciúncula, o Senhor, durante a noite, lhe revelou que se dirigisse ao sumo Pontífice, o senhor Honório, que temporariamente se encontrava em Perugia. A finalidade era impetrar-lhe a indulgência para a mesma igreja de Santa Maria da Porciúncula, há pouco restaurada por ele mesmo. Francisco, levantando-se, de manhã, chamou frei Masseo de Marignano, companheiro seu, com o qual morava, e se apresentou diante do mencionado senhor Honório, e disse:
– Santo Padre, há pouco acabei de restaurar para o senhor uma igreja dedicada à Virgem Mãe de Cristo. Suplico à vossa Santidade que a enriqueçais com uma indulgência, mas, sem a necessidade de nenhuma oferta em dinheiro.



O Papa respondeu-lhe:
– Não convém fazer uma coisa dessas. Pois, quem pede uma indulgência precisa que a mereça dando uma mão. Mas, diz-me para quantos anos você a quer, e quanta indulgência lhe deva conceder.
São Francisco replicou-lhe:
– Santo Padre, sua santidade queira-me dar não anos, mas, almas.
E o senhor Papa respondeu:
– De que modo quer almas?
E o bem-aventurado Francisco declarou:
– Santo Padre, se aprouver à sua santidade, quero que todos quantos se achegarem a essa igreja, confessados e arrependidos e, como convém, absolvidos pelo sacerdote, se tornem libertados da pena e da culpa, no céu e na terra, desde o dia do Batismo até o dia e a hora de sua entrada na mencionada igreja.
O santo Padre acrescentou:
– Isso que pede, Francisco, é muito. E não é costume da Cúria romana conceder semelhante indulgência.
Então, o bem-aventurado Francisco respondeu:
– Senhor, não estou pedindo isto a partir de mim, mas, a partir daquele que me mandou, o Senhor Jesus Cristo.
Diante desse argumento, o senhor Papa concluiu imediatamente, dizendo por três vezes:
– Agrada-me que tenhas essa indulgência.
Os senhores Cardeais presentes, porém, intervieram:
– Vê, se o senhor der essa indulgência, estará destruindo a indulgência do além mar, bem como, virá destruída e considerada nula aquela dos Apóstolos Pedro e Paulo.
O senhor Papa respondeu:
– Agora já a damos e a concedemos; não podemos e nem convém que se destrua o que foi feito. Mas, a modificaremos, de modo que fique limitada apenas para um dia.
Então, chamou São Francisco e disse-lhe:
– Portanto, de hoje em diante, concedemos que, qualquer um que for e entrar na mencionada igreja, bem confessado e contrito, será absolvido da pena e da culpa; e queremos que isso valha todos os anos por somente um dia, das primeiras vésperas até o dia seguinte.
O bem-aventurado Francisco, de cabeça inclinada, começou a retirar-se do palácio. O senhor Papa, então, como o visse saindo, chamou-o dizendo-lhe:
– Ó, simplesinho, aonde vai? Que documento leva desta indulgência?
Respondeu Francisco:
– A mim basta sua palavra. Se for obra de Deus, Deus mesmo deverá manifestá-la. Não quero nenhum outro documento desse privilégio senão este: que a carta seja a bem-aventurada Virgem Maria, o notário Jesus Cristo e os anjos as testemunhas.
Depois disso, Francisco, deixando Perugia, retornou a Assis. No caminho repousou um pouco, juntamente com seu companheiro, num lugar chamado Colle, onde havia um hospital de leprosos, e lá passou a noite. De manhã, acordado e feita a oração, chamou o companheiro e disse-lhe:
– Frei Masseo, digo-lhe, da parte de Deus, que a indulgência a mim concedida através do sumo pontífice está confirmada pelo céu.
Tudo isso foi contado por frei Marino, sobrinho do mencionado frei Masseo, que frequentemente o ouviu da boca do tio. Esse frei Marino, ultimamente, perto do ano de 1307, repleto de dias e de santidade, repousou no Senhor.
Depois da morte do bem-aventurado Francisco, frei Leão, um dos seus companheiros, homem de vida integralíssima, passou adiante esse fato, assim como o havia recebido da boca de São Francisco; e assim, também, frei Benedito de Arezzo, um dos companheiros de São Francisco, e frei Rainério de Arezzo contaram, tanto para os frades como para os seculares, muitas coisas referentes a essa indulgência, como as tinham ouvido do mencionado frei Masseo. Muitos desses ainda estão vivos e confirmam todas essas notícias.
Não pretendemos, pois, escrever com que solenidade essa indulgência foi tornada pública, durante a consagração da mesma igreja efetuada por sete Bispos. Vamos tão somente referir aquilo que Pedro Zalfani, presente à cerimônia, falou diante do Ministro frei Ângelo, diante de frei Bonifácio, frei Guido, frei Bartolo de Perugia, e outros frades do lugar da Porciúncula. Contou ele que esteve presente à consagração da mencionada igreja no dia 2 de Agosto, e ouviu o bem-aventurado Francisco que pregava diante daqueles Bispos segurando na mão um documento, e dizia:
– Quero mandar-vos todos para o céu. Anuncio-vos a indulgência que recebi da boca do sumo pontífice: todos vós que hoje vindes e todos aqueles que virão cada ano, neste dia, com um coração bom e contrito, obterão a indulgência de todos os seus pecados.
Fizemos essas considerações acerca da indulgência por causa daqueles que a ignoram. Assim não podem mais usar como desculpa a ignorância. E, acima de tudo, o fazemos por causa dos invejosos e faladores. Estes, em alguns lugares, procuram destruir, suprimir e condenar aquilo que, toda a Itália, a França, a Espanha e outras províncias, tanto de cá como de lá dos montes, ou melhor, o próprio Deus, em reverência à sua santíssima Mãe (pois, como se sabe, a indulgência é dela), quase todos os dias, vem revelando, engrandecendo, glorificando e espalhando com frequentes e manifestos milagres.
Como ousarão invalidar, com suas funestas persuasões, aquilo que já há tanto tempo, diante da Cúria romana, permaneceu com toda sua validade? Pois, também em nosso tempo, o próprio senhor Papa Bonifácio VIII enviou para essa igrejinha seus magníficos embaixadores para que, por sua vez, no dia da indulgência, nos pregassem com toda a solenidade. Às vezes, enviou até Cardeais. Vindos pessoalmente para celebrar a indulgência e, na esperança de receber o perdão, a aprovaram como verdadeira e certa com sua própria presença.
Diante do testemunho de todas essas coisas, e na fé mais certa, assinalamos a presente carta com nosso selo.
Dada em Assis, na festa de São Lourenço, no ano do Senhor de 1310”




fonte: http://www.franciscanos.org.br









O Perdão da Porciúncula...

Como São Francisco pediu e obteve a indulgência do perdão

Segundo o testemunho de Bartolomeu de Pisa, a origem da Indulgência da Porciúncula se deu assim:
Uma noite, do ano do Senhor de 1216, Francisco estava compenetrado na oração e na contemplação na igrejinha da Porciúncula, perto de Assis, quando, repentinamente, a igrejinha ficou repleta de uma vivíssima luz e Francisco viu sobre o altar o Cristo e à sua direita a sua Mãe Santíssima, circundados de uma multidão de anjos. Francisco, em silêncio e com a face por terra, adorou a seu Senhor.
Perguntaram-lhe, então, o que ele desejava para a salvação das almas. A resposta de Francisco foi imediata: “Santíssimo Pai, mesmo que eu seja um mísero pecador, te peço, que, a todos quantos arrependidos e confessados, virão a visitar esta igreja, lhes conceda amplo e generoso perdão, com uma completa remissão de todas as culpas”.
O Senhor lhe disse: “Ó Irmão Francisco, aquilo que pedes é grande, de coisas maiores és digno e coisas maiores tereis: acolho portanto o teu pedido, mas com a condição de que tu peças esta indulgência, da parte minha, ao meu Vigário na terra (Papa)”.
E imediatamente, Francisco se apresentou ao Pontífice Honório III que, naqueles dias encontrava-se em Perusia e com candura lhe narrou a visão que teve. O Papa o escutou com atenção e, depois de alguns esclarecimentos, deu a sua aprovação e disse: “Por quanto anos queres esta indulgência”? Francisco, destacadamente respondeu-lhe: “Pai santo, não peço por anos, mas por almas”.
E feliz, se dirigiu à porta, mas o Pontífice o reconvocou: “Como, não queres nenhum documento”? E Francisco respondeu-lhe: “Santo Pai, de Deus, Ele cuidará de manifestar a obra sua; eu não tenho necessidade de algum documento. Esta carta deve ser a Santíssima Virgem Maria, Cristo o Escrivão e os Anjos as testemunhas”.
E poucos dias mais tarde, junto aos Bispos da Úmbria, ao povo reunido na Porciúncula, Francisco anunciou a indulgência plenária e disse entre lágrimas: ”Irmãos meus, quero mandar-vos todos ao paraíso!”

fonte: http://www.franciscanos.org.br/