domingo, 31 de dezembro de 2017

A GRANDE SÍNTESE Estudo 9 - capítulo 3




A GRANDE SÍNTESE
Estudo 9 - capítulo 3

"As Provas"


Transmissão ao vivo pelo endereço:




"A verdadeira prova é apenas uma. É a mão de Deus que vos alcança em vossas próprias casas, é a dor que, superando as barreiras humanas, atinge-vos e vos sacode, é a crise do espírito, é a maturação do destino, é a tonitruante voz do mistério..."


Obs.: Convide seus amigos, divulgue a vida e a obra do pensador  e filósofo Pietro Ubaldi








quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

FINALIDADE DE A GRANDE SÍNTESE - Por Mário Corbioli



FINALIDADE DE A GRANDE SÍNTESE
Por Mário Corbioli - agosto de 1950





Prefácio da 5ª edição - LAKE - 1950













A GRANDE SÍNTESE - CAP I




ESTUDO 3º:

A GRANDE SÍNTESE


Oi amigos! Estudo de "A Grande Síntese" - cap. I, de Pietro Ubaldi, dia 22 de dezembro de 2017 com transmissão ao vivo no canal Youtube do João:







Obs.: Recomendamos a todos que iniciem a leitura atenta do livro, desde a capa, etc... para nos familiarizarmos com a obra. Comentários iniciais, índice, etc. devem ser estudados com atenção.

















quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

MENSAGEM DE EMMANUEL SOBRE "A GRANDE SÍNTESE"

A GRANDE SÍNTESE


Quando todos os valores da civilização do Ocidente desfalecem numa decadência dolorosa, é justo que saudemos uma luz como esta, que se desprende da grande voz silenciosa de A Grande Síntese.
            Na mesma Itália, que vulgarizou o sacerdócio romano, eliminando as mais belas florações do sentimento cristão no mundo, em virtude do mecanismo convencional da Igreja Católica, aparelhos existem da grande verdade, restaurando o messianismo, no caminho sublime das revelações grandiosas da fé.
            A palavra do Cristo projeta nesta hora as suas irradiações enérgicas e suaves, movimentando todo um exército poderoso de mensageiros seus, dentro da oficina da evolução universal. O momento é psicológico. As nossas afirmativas abstraem do tempo e do espaço, em contraposição às vossas inquietudes; mas, o século que passa deve assinalar-se por maravilhosas renovações da vida terrestre.
            As contribuições exigidas serão bem pesadas. Todavia, uma alvorada radiosa sucederá às angústias deste crepúsculo.
            Aqui fala a Sua Voz divina e doce, austera e compassiva. No aparelhamento destas teses, que muitas vezes transcendem o idealismo contemporâneo, há o reflexo soberano da sua magnanimidade, da sua misericórdia e da sua sabedoria. Todos os departamentos da atividade humana são lembrados na sua exposição de inconcebível maravilha!
            É que, sendo de origem humana a razão, a intuição é de origem divina, preludiando todas as realizações da Humanidade. A grande lição desta obra é que o Senhor não despreza o vosso racionalismo científico, não obstante a roupagem enganadora do seu negativismo impenitente.
            Na sua misericordiosa sabedoria, Ele aproveita todos os vossos esforços, ainda os mais inferiores e misérrimos. Toma-vos de encontro ao seu coração augusto e compassivo, unge-vos com o Seu amor sem limites, renovando os Seus ensinamentos do Mar da Galiléia.
            Vede, pois, que todos os vossos progressos e todos os vossos surtos evolutivos estão previstos no Evangelho. Todas as vossas ciências e valores, no quadro das civilizações passadas e no mecanismo das que hão de vir, estão consubstanciados na sua palavra divina e redentora.
            A Grande Síntese é o Evangelho da Ciência, renovando todas as capacidades da religião e da filosofia, reunindo-as à revelação espiritual e restaurando o messianismo do Cristo, em todos os institutos da evolução terrestre.
            Curvemo-nos diante da misericórdia do Mestre e agradeçamos de coração genuflexo a sua bondade. Acerquemo-nos deste altar da esperança e da sabedoria, onde a ciência e a fé se irmanam para Deus.
            E, enquanto o mundo velho se prepara para as grandes provações coletivas, meditemos no campo infinito das revelações da Providência Divina, colocando acima de todas as preocupações transitórias, as glórias sublimes e imperecíveis do Espírito imortal.
Pedro Leopoldo, Outubro de 1938
(Mensagem recebida por Francisco Cândido Xavier)

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

ESTUDO 3º: A GRANDE SÍNTESE





ESTUDO 3º:

A GRANDE SÍNTESE


Oi amigos! Iniciaremos nosso estudo de A Grande Síntese, de Pietro Ubaldi, dia 15 de dezembro de 2017 com transmissão ao vivo no canal Youtube do João:



Recomendamos a todos que iniciem a leitura atenta do livro, desde a capa, etc... para nos familiarizarmos com a obra. Comentários iniciais, índice, etc. devem ser estudados com atenção.






quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Cristo nasceu? Onde? Quando?




Cristo nasceu?

Onde? Quando?


A salvação não está numa finalidade a que se convencionou denominar céu ou paraíso: está, sim, na perpétua renovação da vida para a frente e para o alto. Avançar, como disse São Paulo, de glória em glória, tal é, em síntese, o trabalho e o plano da redenção. Jesus é a força viva que, uma vez encarnada no homem, determina a sua constante transformação.
"O Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e verdade, e vimos a sua glória como de unigênito do Pai. Mas a todos os que o receberam, aos que creem em seu nome, deu ele o direito de se tornarem filhos de Deus; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas sim de Deus."

A prerrogativa de unigênito do Pai, Jesus a torna extensiva a todos os que de boa vontade o receberem. E assim se opera o seu natalício no coração do pecador.
O menino que Maria enfaixou, deitando-o, em seguida, numa manjedoura, é a figura desse Jesus que é força, que é poder, que é vida e verdade, atuando no interior do homem.

Invoquemos, em abono de nossa asserção, o testemunho de algumas personagens que figuram na esfera cristã como astros de primeira grandeza.
Perguntemos a Paulo - onde e quando Jesus nasceu? Ele nos dirá: Foi na estrada de Damasco, quando eu, então intolerante e fanatizado por uma causa inglória, me vi envolvido na sua divina luz. Dali por diante - "já não sou eu mais quem vive, mas o Cristo é que vive em mim".
Indaguemos de Madalena, onde e quando nasceu Jesus. Ela nos informará: Jesus nasceu em Betânia, certa vez em que sua voz, ungida de pureza e santidade, despertou em mim a sensação de uma vida nova, com a qual, até então, jamais sonhara.
Ouçamos o depoimento de Pedro, sobre a natividade do Senhor, e ele assim se pronunciará:
Jesus nasceu no átrio do paço de Pilatos, no momento em que o galo, cantando pela terceira vez, acordou minha consciência para a verdadeira vida. Daí por diante, nunca mais vacilei diante dos potentados do século, quando me era dado defender a Justiça e proclamar a verdade,· pois a força e o poder do Cristo constituíram elementos integrantes de meu próprio ser.

Chamemos à baila João Evangelista e peçamos nos diga o que sabe acerca do natal do Messias, e ele nos dirá: Jesus nasceu no dia em que meu entendimento, iluminado pela sua divina graça, me fez saber que Deus é amor.

Dirijamo-nos a Zaqueu, o publicano, e eis o seu testemunho: Jesus nasceu em Jericó, numa esplêndida manhã de sol, quando eu, ansioso por conhecê-lo, subi numa árvore, à beira do caminho por onde ele passava, contentando-me com o ver de longe. Eis que ele, amorável e bom, acena-me, dizendo: Zaqueu, desce, importa que me hospede contigo. Naquele dia entrou a salvação no meu lar.
Interpelemos Tomé, o incrédulo: Quando e onde nasceu o Mestre? Ele, por certo, retrucará: Jesus nasceu em Jerusalém, naquele dia memorável e inesquecível em que me foi dado testificar que a morte não tinha poder sobre o Filho de Deus. Só então compreendi o sentido de suas palavras: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida."
Apelemos, finalmente, para Dimas, o bom ladrão: Onde e quando Jesus nasceu? Ele nos infor­mará: Jesus nasceu no topo do Calvário, precisamente quando a cegueira e a maldade humanas supunham aniquilá-lo para sempre; dali ele me dirigiu um olhar repassado de piedade e de ternura, que me fez esquecer todas as misérias deste mundo e antegozar as delícias do Paraíso. Desde logo, senti-o em mim e eu nele.
Tal foi o testemunho do passado - tal é o testemunho do presente, dado por todos os corações que, deixando de ser quais hospedarias de Belém, onde não havia lugar para o nascimento de Jesus, se transformaram, pela humildade, naquela manjedoura, que o amor engenhoso da mais pura e santa de todas as mães converteu no berço do Redentor do mundo.

Fonte: “Em torno do Mestre” - Pedro de Camargo "Vinícius"

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

MENSAGEM DA PAZ





MENSAGEM DA PAZ 


TRANSMISSÃO: João Attilio

 01/12/2017




Prepare-se.... Vem aí A Grande Síntese.... 
Aguarde! Aproveite para fazer a introdução à obra.

domingo, 26 de novembro de 2017

Dor



Grande e maravilhosa lei de equilíbrio e de justiça esta pela qual a dor, quando cumpriu sua função de levar a alma até a superação da animalidade,  afasta-se em silêncio!

O mistério da redenção é um mistério de dor e de amor.  A dor é o cansaço da ascensão, que laboriosamente leva à felicidade, que assim deve ser conquistada. Mas, se a dor faz a evolução, a evolução anula progressivamente a dor. Então, a anulação da dor se processa através da dor. Com seu exemplo, Cristo nos veio mostrar estes profundos aspectos da Lei. A dor é uma característica de determinada fase de nossa evolução, em que funciona necessariamente como agente de transformação; desaparece quando preenchida a sua finalidade, apenas seja alcançado um alto plano de vida. A dor é uma condição de vida inerente à matéria, durante a fase humana. Na desmaterialização do ser essa condição desaparece. A dor é uma dissonância que vem reabsorvida na harmonização; é uma densidade que se vaporiza na espiritualização.
Cristo veio ensinar o caminho da superação da dor, através da dor e da espiritualização. Antes de Cristo a dor era feroz, terrível, sem piedade. Cristo fez dela a via mestra da ascensão, da liberdade, da redenção. Fez dela uma força amiga, indispensável para a conquista do nosso bem e da nossa felicidade. A fera inimiga suavizou-se, domesticou-se, é útil colaboradora: a coisa temida e maldita se faz santa e amada e nós a apertamos ao coração como um salva-vidas. Cristo derrubou e refez a concepção humana, fazendo do vencido um santo, um herói, um vencedor. Cristo desceu e se fez presente e sensível no fundo das almas que sofrem, irmanando-se com elas no Seu amor, tomando própria a sua dor, a cada dia, justamente como o fez sobre a cruz.
É lógico que a dor, sendo um instrumento de ascensão, se destaque do eu quando a ascensão é terminada. É necessário, na ordem do universo, que a dor caia quando for superada a função evolutiva de prova e de lição. Quando tivermos compreendido tudo e com isso houvermos esgotado sua função de escola e de expiação equilibradora na ordem dos impulsos morais, ela cai, como as outras ilusões da vida. Então, não só não se verificam mais - por haver sido alcançada a medida do débito - as condições exteriores da dor , mas advém um fato novo: mesmo que a dor permaneça como fato exterior, advém por evolução uma tão profunda transformação de personalidade, que ela lhe escapa. A evolução, levando-a a uma fase nova, deu-lhe um novo modo de ser no qual a dor não repercute com as mesmas reações do nível humano; em outros termos, a ascensão levou o espírito a tal grau de harmonização (amor divino), que não existe mais dissonância que tenha força para a penetrar e alterar. Então, mesmo que permaneçam idênticas as condições ambientes, o choque daquela força não encontra mais impulsos antagônicos nem reações contra as quais se assanhe por sua expansão — e desaparece sem resistência. O instrumento receptivo mudou e bastou esta mudança de natureza, para que se transformasse completamente a gama de suas ressonâncias.

 Do livro " Ascese Mística"  parte II  cap 11

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

4º ENCONTRO VIRTUAL CEU-BRASIL



4º ENCONTRO VIRTUAL
CEU-BRASIL
MENSAGEM AOS CRISTÃOS
E
MENSAGEM AOS HOMENS DE BOA VONTADE
(24/11/2017 às 21:00hs - DF)
Olá amigos!
É com alegria que informamos o nosso 4º Encontro Virtual realizado via canal YouTube do João Attilio.
Veja, reveja e faça seus comentários e observações. Estudando juntos aprendemos melhor! Convide seus amigos!! Visite este nosso blog! Faça seus comentários!! Bons estudos e práticas!!!! 😁

Disponível em:

sábado, 18 de novembro de 2017

MUSEU PIETRO UBALDI - José Amaral


MUSEU PIETRO UBALDI
Apresentado por José Amaral

Imperdível!!!!
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Convide seus amigos a conhecer a vida e a obra do Prof. Pietro Ubaldi. Divulgue este blog!! Obrigado.





domingo, 12 de novembro de 2017

3º ENCONTRO VIRTUAL CEU-BRASIL - MENSAGEM DO PERDÃO




3º ENCONTRO VIRTUAL
CEU-BRASIL
MENSAGEM DO PERDÃO
(10/11/2017)

Olá amigos!
É com alegria que informamos do nosso 3º Encontro realizado via canal YouTube do João Attilio.
Veja, reveja e faça seus comentários e observações. Estudando juntos aprendemos melhor!

Disponível em:


Divulgue para seus amigos! Convide-os para participarem conosco!! Bons estudos.










sábado, 4 de novembro de 2017

Missão Cristocêntrica...



Missão cristocêntrica


A missão de Pietro Ubaldi foi cristocêntrica, convergindo para o Evangelho vivo dos tempos atuais, com novos conhecimentos em relação ao "Céu", numa linguagem ultramoderna.

Essa posição de medianeiro da alta espiritualidade transformou-o num eleito de Jesus Cristo, e porta­dor de mensagens ainda desconhecidas da humanidade, neste alvo­recer do terceiro milênio.

Ele dominava o Evangelho porque o vivia e se recordava de que no “domingo de ramos”, Cristo fora recebido com flores e no sexto dia crucificado. “Sua Voz” também havia dito: “o mundo parece espargir rosas, mas, na verdade, distribui espinhos; eu vos ofereço espinhos, porém vos ajudarei a colher as rosas”.

Transcrevemos alguns tópicos de “Princípios” que podem servir de roteiro a todos nós:

1) O primeiro dever de uma revista que nasce é orien­tar, claramente, seu pensamento e declarar com sinceridade seus objetivos: uma linha de conduta segundo princípios aos quais, de­pois, deverá permanecer fiel.

2) O que importa não é a pessoa, mas a ideia.

3) Todos nós temos o dever do exemplo, primeiro dever, somente com o qual se podem pregar quaisquer princípios, demons­trando, antes com fatos que com palavras, que eles podem ser vi­vidos.

4) Oferecer, nunca impor a verdade. Eis o patrimônio espiritual de cada consciência. Nunca introduzir-se na alma alheia com a violência da argumentação, numa guerra de ideias, para sub­jugar o semelhante; antes, procurar todos os meios de comunicação que conduzam à compreensão.

5) A nova era é a da bondade na compreensão reciproca; da convicção de todos no seio de um mesmo Deus: é a era do amor. O princípio é: procurar o que une e evitar o que divide.

6) Evitar o espírito de polêmica, pois este é considera­do como expressão na psicologia de um tipo biológico atrasado, que está sendo, cada vez mais, superado pela evolução.

7) Compreendamos que a verdade é relativa e progressiva e que nos foge em seu aspecto absoluto. Nós relativos, não po­demos possuí-la senão por progressivas aproximações.

8) Sejamos sempre construtivos, isto é, operemos em sentido positivo, unitário, como é o bem, e jamais sejamos destru­tivos, isto é, nunca sejamos em sentido negativo, separatista, como é o mal.

9) Que o Evangelho, tão pouco vivido até hoje, se transforme na forma de vida do homem novo, num novo método de vi­ver, que penetre cada ato nosso, demonstre que somos evolvidos e se manifeste com nosso exemplo a cada momento.

10) Nosso Lema é: Universalidade e Imparcialidade.




quinta-feira, 2 de novembro de 2017

O PERDÃO DA PORCIÚNCULA - Carta do Bispo Teobaldo de Assis





O PERDÃO DA PORCIÚNCULA


Carta do Bispo Teobaldo de Assis

Aqui se propõe o texto completo do documento traduzido a partir da recente edição paleográfica feita sob os cuidados de Stefano Brufani a partir do original, onde ainda se conserva pendente o selo de cera; documento esse conservado no arquivo público do Estado de Perugia, Corporações religiosas supressas, São Francisco ao Prado, pergaminho 56 (1310, agosto, 10), descoberto em 1964 por Roberto Abbondanza. Segue o documento:

“Irmão Teobaldo, por graça de Deus, Bispo de Assis, aos fiéis cristãos que lerem esta carta, saúde no Salvador de todos.
Por causa de alguns faladores que, impelidos pela inveja, ou talvez pela ignorância, impugnam desaforadamente a indulgência de Santa Maria dos Anjos, situada perto de Assis, somos obrigados a fazer esta comunicação a todos os fiéis cristãos. Através da presente carta, queremos comunicar o modo e a forma desse benefício e como o bem-aventurado Francisco, enquanto estava vivo, o impetrou ao senhor papa Honório.
Morando, o bem-aventurado Francisco, junto à Santa Maria dos Anjos da Porciúncula, o Senhor, durante a noite, lhe revelou que se dirigisse ao sumo Pontífice, o senhor Honório, que temporariamente se encontrava em Perugia. A finalidade era impetrar-lhe a indulgência para a mesma igreja de Santa Maria da Porciúncula, há pouco restaurada por ele mesmo. Francisco, levantando-se, de manhã, chamou frei Masseo de Marignano, companheiro seu, com o qual morava, e se apresentou diante do mencionado senhor Honório, e disse:
– Santo Padre, há pouco acabei de restaurar para o senhor uma igreja dedicada à Virgem Mãe de Cristo. Suplico à vossa Santidade que a enriqueçais com uma indulgência, mas, sem a necessidade de nenhuma oferta em dinheiro.



O Papa respondeu-lhe:
– Não convém fazer uma coisa dessas. Pois, quem pede uma indulgência precisa que a mereça dando uma mão. Mas, diz-me para quantos anos você a quer, e quanta indulgência lhe deva conceder.
São Francisco replicou-lhe:
– Santo Padre, sua santidade queira-me dar não anos, mas, almas.
E o senhor Papa respondeu:
– De que modo quer almas?
E o bem-aventurado Francisco declarou:
– Santo Padre, se aprouver à sua santidade, quero que todos quantos se achegarem a essa igreja, confessados e arrependidos e, como convém, absolvidos pelo sacerdote, se tornem libertados da pena e da culpa, no céu e na terra, desde o dia do Batismo até o dia e a hora de sua entrada na mencionada igreja.
O santo Padre acrescentou:
– Isso que pede, Francisco, é muito. E não é costume da Cúria romana conceder semelhante indulgência.
Então, o bem-aventurado Francisco respondeu:
– Senhor, não estou pedindo isto a partir de mim, mas, a partir daquele que me mandou, o Senhor Jesus Cristo.
Diante desse argumento, o senhor Papa concluiu imediatamente, dizendo por três vezes:
– Agrada-me que tenhas essa indulgência.
Os senhores Cardeais presentes, porém, intervieram:
– Vê, se o senhor der essa indulgência, estará destruindo a indulgência do além mar, bem como, virá destruída e considerada nula aquela dos Apóstolos Pedro e Paulo.
O senhor Papa respondeu:
– Agora já a damos e a concedemos; não podemos e nem convém que se destrua o que foi feito. Mas, a modificaremos, de modo que fique limitada apenas para um dia.
Então, chamou São Francisco e disse-lhe:
– Portanto, de hoje em diante, concedemos que, qualquer um que for e entrar na mencionada igreja, bem confessado e contrito, será absolvido da pena e da culpa; e queremos que isso valha todos os anos por somente um dia, das primeiras vésperas até o dia seguinte.
O bem-aventurado Francisco, de cabeça inclinada, começou a retirar-se do palácio. O senhor Papa, então, como o visse saindo, chamou-o dizendo-lhe:
– Ó, simplesinho, aonde vai? Que documento leva desta indulgência?
Respondeu Francisco:
– A mim basta sua palavra. Se for obra de Deus, Deus mesmo deverá manifestá-la. Não quero nenhum outro documento desse privilégio senão este: que a carta seja a bem-aventurada Virgem Maria, o notário Jesus Cristo e os anjos as testemunhas.
Depois disso, Francisco, deixando Perugia, retornou a Assis. No caminho repousou um pouco, juntamente com seu companheiro, num lugar chamado Colle, onde havia um hospital de leprosos, e lá passou a noite. De manhã, acordado e feita a oração, chamou o companheiro e disse-lhe:
– Frei Masseo, digo-lhe, da parte de Deus, que a indulgência a mim concedida através do sumo pontífice está confirmada pelo céu.
Tudo isso foi contado por frei Marino, sobrinho do mencionado frei Masseo, que frequentemente o ouviu da boca do tio. Esse frei Marino, ultimamente, perto do ano de 1307, repleto de dias e de santidade, repousou no Senhor.
Depois da morte do bem-aventurado Francisco, frei Leão, um dos seus companheiros, homem de vida integralíssima, passou adiante esse fato, assim como o havia recebido da boca de São Francisco; e assim, também, frei Benedito de Arezzo, um dos companheiros de São Francisco, e frei Rainério de Arezzo contaram, tanto para os frades como para os seculares, muitas coisas referentes a essa indulgência, como as tinham ouvido do mencionado frei Masseo. Muitos desses ainda estão vivos e confirmam todas essas notícias.
Não pretendemos, pois, escrever com que solenidade essa indulgência foi tornada pública, durante a consagração da mesma igreja efetuada por sete Bispos. Vamos tão somente referir aquilo que Pedro Zalfani, presente à cerimônia, falou diante do Ministro frei Ângelo, diante de frei Bonifácio, frei Guido, frei Bartolo de Perugia, e outros frades do lugar da Porciúncula. Contou ele que esteve presente à consagração da mencionada igreja no dia 2 de Agosto, e ouviu o bem-aventurado Francisco que pregava diante daqueles Bispos segurando na mão um documento, e dizia:
– Quero mandar-vos todos para o céu. Anuncio-vos a indulgência que recebi da boca do sumo pontífice: todos vós que hoje vindes e todos aqueles que virão cada ano, neste dia, com um coração bom e contrito, obterão a indulgência de todos os seus pecados.
Fizemos essas considerações acerca da indulgência por causa daqueles que a ignoram. Assim não podem mais usar como desculpa a ignorância. E, acima de tudo, o fazemos por causa dos invejosos e faladores. Estes, em alguns lugares, procuram destruir, suprimir e condenar aquilo que, toda a Itália, a França, a Espanha e outras províncias, tanto de cá como de lá dos montes, ou melhor, o próprio Deus, em reverência à sua santíssima Mãe (pois, como se sabe, a indulgência é dela), quase todos os dias, vem revelando, engrandecendo, glorificando e espalhando com frequentes e manifestos milagres.
Como ousarão invalidar, com suas funestas persuasões, aquilo que já há tanto tempo, diante da Cúria romana, permaneceu com toda sua validade? Pois, também em nosso tempo, o próprio senhor Papa Bonifácio VIII enviou para essa igrejinha seus magníficos embaixadores para que, por sua vez, no dia da indulgência, nos pregassem com toda a solenidade. Às vezes, enviou até Cardeais. Vindos pessoalmente para celebrar a indulgência e, na esperança de receber o perdão, a aprovaram como verdadeira e certa com sua própria presença.
Diante do testemunho de todas essas coisas, e na fé mais certa, assinalamos a presente carta com nosso selo.
Dada em Assis, na festa de São Lourenço, no ano do Senhor de 1310”




fonte: http://www.franciscanos.org.br









O Perdão da Porciúncula...

Como São Francisco pediu e obteve a indulgência do perdão

Segundo o testemunho de Bartolomeu de Pisa, a origem da Indulgência da Porciúncula se deu assim:
Uma noite, do ano do Senhor de 1216, Francisco estava compenetrado na oração e na contemplação na igrejinha da Porciúncula, perto de Assis, quando, repentinamente, a igrejinha ficou repleta de uma vivíssima luz e Francisco viu sobre o altar o Cristo e à sua direita a sua Mãe Santíssima, circundados de uma multidão de anjos. Francisco, em silêncio e com a face por terra, adorou a seu Senhor.
Perguntaram-lhe, então, o que ele desejava para a salvação das almas. A resposta de Francisco foi imediata: “Santíssimo Pai, mesmo que eu seja um mísero pecador, te peço, que, a todos quantos arrependidos e confessados, virão a visitar esta igreja, lhes conceda amplo e generoso perdão, com uma completa remissão de todas as culpas”.
O Senhor lhe disse: “Ó Irmão Francisco, aquilo que pedes é grande, de coisas maiores és digno e coisas maiores tereis: acolho portanto o teu pedido, mas com a condição de que tu peças esta indulgência, da parte minha, ao meu Vigário na terra (Papa)”.
E imediatamente, Francisco se apresentou ao Pontífice Honório III que, naqueles dias encontrava-se em Perusia e com candura lhe narrou a visão que teve. O Papa o escutou com atenção e, depois de alguns esclarecimentos, deu a sua aprovação e disse: “Por quanto anos queres esta indulgência”? Francisco, destacadamente respondeu-lhe: “Pai santo, não peço por anos, mas por almas”.
E feliz, se dirigiu à porta, mas o Pontífice o reconvocou: “Como, não queres nenhum documento”? E Francisco respondeu-lhe: “Santo Pai, de Deus, Ele cuidará de manifestar a obra sua; eu não tenho necessidade de algum documento. Esta carta deve ser a Santíssima Virgem Maria, Cristo o Escrivão e os Anjos as testemunhas”.
E poucos dias mais tarde, junto aos Bispos da Úmbria, ao povo reunido na Porciúncula, Francisco anunciou a indulgência plenária e disse entre lágrimas: ”Irmãos meus, quero mandar-vos todos ao paraíso!”

fonte: http://www.franciscanos.org.br/

sábado, 21 de outubro de 2017

2º ENCONTRO VIRTUAL DO CEU - BRASIL





2º ENCONTRO VIRTUAL DO CEU - BRASIL


Dia 20/10/2017 no endereço: 

https://www.youtube.com/watch?v=vi6tb9Ym8vw


Recomendamos aos amigos que não deixem de assistir! 👆

Veja também nossa última publicação no blog do Centro de Estudos Ubaldianos:

https://youtu.be/cPEvLViQ5Mg



sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Homenagem ao "Major" (28/09/1921 - 06/10/2017)

      
      Desencarnou nesta madrugada (05:30hs do dia 06/10/2017), em Campo Grande/MS, nosso querido amigo e pioneiro do movimento espírita no Estado de São Paulo, "Major".






 Em 2006 saiu uma pequena biografia (publicada de forma incompleta) no jornalzinho "Semente de Luz", de Andradina/SP, que reproduzimos a seguir:



 


     Obrigado, Major, pelos 96 anos dedicados ao Bem e ao Espiritismo! Já estamos com saudades!!




quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Entrevista concedida por Pietro Ubaldi ao Jornal Pernambuco Espírita






Entrevista concedida por Pietro Ubaldi ao Jornal Pernambuco Espírita – Outubro de 1955



Durante o mês de setembro, esteve nesta cidade o prof. Pietro Ubaldi, realizando entre nós, várias conferências. O ilustre visitante chegou a esta cidade, no dia 3 daquele mês e a sua primeira conferencia realizou-se no Gabinete Português de Leitura no dia 5, sob o tema “Os problemas econômicos da atualidade e Sua Solução”.
Nos dias 10, 11 e 12, realizou-se na Casa dos Espíritas de Pernambuco, Instituto Espírita João Evangelista e Núcleo Espírita Investigadores da Luz, conferências sobre o tema “A Reencarnação”.
No dia 17, viajou à Paraíba, realizando ali três conferências, na Faculdade de Ciências Econômicas e Rádio Tabajaras, para os espíritos daquele Estado, sobre os temas “Os tempos são chegados”, “A reencarnação” e “O pensamento social do Cristo”. Foram concorridíssimas estas conferências.
Retornando ao Recife, no dia 19, realizou-se ainda no Gabinete Português da Literatura uma conferência, retornando a São Paulo no dia 30 de setembro. Todas as conferências desta cidade, tiveram enorme assistência, principalmente nos meios espíritas.
“PERNAMBUCO ESPÍRITA”, que neste número publica a monumental entrevista concedida pelo prof. Pietro Ubaldi, faz votos para que o eminente pensador espírita, tenha feito um feliz retorno ao convívio dos que lhe são caros. Que Jesus ampare e ilumine cada vez mais este grande obreiro da Seara do Cristo.
Entrevista
No dia 8 de setembro passado, tivemos o primeiro contato com o grande pensador e filósofo Prof. Pietro Ubaldi, na residência do Sr. Sebastião Stanislau, à Estrada do Arraial, em Casa Amarela desta cidade. O autor da “A GRANDE SÍNTESE” nos recebeu cordialmente, ficando inteiramente ao nosso dispor, respondendo humildemente, qualidade que lhe é peculiar, todas as nossas perguntas em torno da doutrina dos espíritos.
Ele nos declarou textualmente que aceita integralmente toda a codificação kardequiana, não tendo nenhuma restrição a fazer sobre o Espiritismo. E como tal se considera espírita. Fez questão para que “PERNAMBUCO ESPÍRITA” divulgasse essa qualidade, o que estamos fazendo. Homem simples e dentro daquela brandura, o grande pensador dos nossos dias, não se sentiu agastado com a nossa presença, ao contrário, cheio de boa vontade para perscrutar-lhe o que ia no mais profundo d’alma e assim tivemos uma oportunidade rara um nossos dias diante dessas situações em que personalidades de alto conceito se apresentam à imprensa para transmitir ao grande público os seus sentimentos deslumbrados com tanta bondade e tanta sabedoria, teremos para com o nobre prof. Pietro Ubaldi estas expressões de gratidão: Muito obrigado, prof. Pietro Ubaldi...
Fizemos ao prof. Pietro Ubaldi, as seguintes perguntas, que sem nenhuma afetação e dentro da maior calma, ele respondeu a todas com absoluta segurança e sem rodeios. Ei-las:
1- Como interpreta as doutrinas contidas no Livro dos Espíritos?
R. Aceito espírito e matéria. Admito a existência do perispírito, contudo ainda não cheguei à conclusão científica positiva da sua existência, como um dos elementos formadores da personalidade humana.

5- O Sr. aceita a pluralidade dos mundos habitados?
R. Aceito a pluralidade dos mundos habitados, sem nenhuma sombra de dúvida. Cada mundo tem a sua forma particular. Todos obedecendo aos ditames divinos de aperfeiçoamento das suas humanidades. É interessante frisar que em todos eles a reencarnação é a condição de evolução, de reforma. É meio primordial das criaturas chegarem à perfeição.

6- O Sr. aceita o Espiritismo no seu tríplice aspecto: ciência, religião e filosofia?
R. O Espiritismo no Brasil assume um aspecto todo especial, em relação aos demais países do mundo. O Espiritismo no Brasil é religião, enquanto nos outros países é estudado como ciência e como filosofia.

7- O Sr. aceita o Espiritismo como doutrina cristã?
R. Aceito o Espiritismo como doutrina eminentemente cristã e como tal, será aceito por todos, logo que se espalhe pelo mundo. Será a religião de terceiro milênio. O mundo tem apenas 45 anos para completar a sua reforma.

8- Como concebe Deus?
R. Deus é a inteligência suprema do universo. É o ponto de convergência de todas as criaturas. A ciência oficial não pode compreender Deus. Não pode chegar até Deus, porque não tem conhecimento bastante. Há outro caminho para se chegar até Deus. É o caminho do coração. Quando não de chega até Deus pelo raciocínio, se chega pelo sentimento. A intuição que temos da existência de Deus, não podemos demonstra-la, porque não conhecemos Deus em sua essência. somente a intuição no-Lo revela e para os conhecimentos atuais da humanidade, isto é o bastante.

9- Como encara a Codificação Kardequiana?
R. É um trabalho que veio revolucionar o pensamento humano. Ela deu um sentimento completamente novo ao estudo da metafísica. Imprimiu um novo sentido no campo da bondade, da paciência e da caridade. Estabeleceu para o mundo um conteúdo moral muito elevado da justiça de Deus e seus atributos. Como sistema filosófico espiritualista, tem os principais elementos para constituir uma verdadeira filosofia. Há necessidade de um gênio, alguém para desenvolver estes princípios contidos nos livros básicos do Espiritismo. É necessário um estudo mais desenvolvido.
A codificação kardequiana tem todos os princípios científicos em estado de embrião. A ciência oficial de hoje não os encara como coisa séria. É preciso, pois, alguém de responsabilidade, apareça para incentivar o estudo das doutrinas dos espíritos nos meios científicos, norteando-lhes o verdadeiro estudo, fazendo com que a ciência oficial, siga-lhes as pegadas. E no campo experimental, dentro das instituições espíritas, dar uma nova feição ao estudo da mediunidade hoje tão malbaratada nesses centros de estudos.

As impressões do Prof. Pietro Ubaldi sobre as Comemorações do 1o. Centenário do Espiritismo
Perguntaram-me o que eu penso a respeito do primeiro Centenário do Espiritismo. Antes de tudo quero declarar que me considero espírita. Todas as vezes que no ambiente espírita acho pessoas boas e honestas, como quase sempre achei, mas, que não me posso considerar espírita quando me devo concordar com espíritas que exploram a verdade e não acreditam em Deus e que quereriam para eu ser espírita, que eu condenasse e agredisse os outros grupos de religião. Isto eu não posso fazer, porque quero abraçar a todos. Explico tudo isto para esclarecer vários mal-entendidos que nasceram a este respeito. A minha é a religião da bondade e fico unido a todos os que a praticam em qualquer religião que estejam; no entanto afasto-me de todos que não a praticam, em qualquer religião que estejam. Para mim interessa a substância e não a forma.
Por isso, se a celebração deste primeiro Centenário do Espiritismo for útil para despertar nas almas esta substância de amor recíproco e bondade, dar-lhe-ei a minha adesão completa. Mas, se pelo contrário, forma somente ruidosa manifestação exterior onde prevaleçam interesses humanos, como infelizmente em geral acontece nas manifestações religiosas de nosso tempo, aí eu não saberia que fazer e vim dizer, embora ficando sempre com o maior respeito para tudo o que for o meu próximo, do que eu devo amar como a mim mesmo.
Prof. Pietro Ubaldi









terça-feira, 19 de setembro de 2017

SADU SUNDAR SINGH - O apóstolo dos pés sangrentos





SADU SUNDAR SINGH



O AMOR DE DEUS: Se dois homens amarem a mesma pessoa, tornar-se-ão rivais e terão ciúme um do outro. Isto não acontece com referência ao amor do homem a Deus. Um indivíduo que ame a Deus não terá ciúme de outros que o amem também. Ele sentir-se-á triste, se eles não o amarem. A razão desta diferença entre o amor humano e o divino é a infinidade do amor de Deus. O homem não pode corresponder com igual afeição a todos os que o amam, visto que sua capacidade de amar é limitada, mas Deus não tem limite em seu amor, e, portanto, é suficiente para todos.

A VIDA FUTURA: A crença na vida futura é característica de todos os povos e em todos os tempos. Os desejos importam numa realização possível. A sêde testifica a existência da água, e a fome, de alimento. O desejo de viver eternamente é em si uma prova de sua realização. Além disto, temos desejos mais nobres do Espírito que não podem ser satisfeitos neste mundo. Portanto, deve haver outro mundo espiritual em que estes desejos sejam cumpridos. O mundo material não pode de forma alguma satisfazer nossos desejos de espiritualidade. As aspirações da alma só podem ser satisfeitas por Deus que a criou, bem como a sêde espiritual que lhe é inerente. Deus criou o homem a sua imagem e semelhança, portanto, o homem tem em si algo da natureza divina, que aspira a ter comunhão com ele. E quando estamos enraizados no Ser Eterno, ficaremos satisfeitos e gozaremos Vida Eterna n'Ele.

PARA NOSSA REFLEXÃO: Quando permanecemos à beira de um precipício e olhamos para o mesmo, ficamos tontos e com medo, ainda, que seja de pouca profundidade. Mas nunca temos receio de contemplar os céus, ainda que nossos olhos divisem distâncias muito maiores. Qual a razão? Porque não podemos cair para cima. Há contudo, um perigo de cairmos para baixo e sermos reduzidos a pó. Contemplando o Eterno, sentimos que estamos seguros n'Ele e que não há perigo algum. Mas quando nos afastamos d'Ele, nos amedrontamos, porque nos desligamos da Realidade, e podemos ser aniquilados completamente. As algas marinhas são tão delicadas que ao bater de uma onda ficariam completamente destruídas. Quando há o menor indício de uma tempestade, elas mergulham no fundo do mar, afastando-se o mais possível da tempestade e das ondas. Quando o homem de oração antecipa os ataques do pecado e do sofrimento do mundo, imediatamente mergulha no oceano do amor divino, onde há paz e calma eternas. A paz maravilhosa que o homem de oração sente, quando está orando, não é resultado de sua própria imaginação ou de seu pensamento, mas o resultado da presença divina na alma. 



 
TAL QUAL A FRAGRÂNCIA DAS FLORES: Passando por uma aldeia no Himalaia, vi um monte de lixo. O mau cheiro era tanto que me causou náuseas. Dias depois passei novamente pelo mesmo lugar. Percebi que um odor suave cobria o mau cheiro. Surpreendido, fui investigar o caso e verifiquei que haviam nascido ali flores que espalhavam ao redor o seu perfume. O calor e a luz do Sol deram às flores beleza e fragrância. O lugar era imundo, mas a própria imundície servia de adubo. Também nós vivemos num mundo sem limpeza e malcheiroso. Mas se, como as flores, tivermos os corações abertos para o Sol da Justiça e a sua fragrância, e as coisas do mundo, como adubo, nos auxiliarão na vida espiritual.

PALAVRAS LUMINOSAS: A chuva e os vendavais trazem destruição, porém também limpam a terra de pestes e enfermidades. Do mesmo modo, o sopro do Espírito nos transmite seu poder e em sua força, nos traz saúde espiritual e a felicidade. Do mesmo modo que um terremoto pode abrir poços de água doce ao entrar em erupção no deserto, fazendo com que a terra seja exuberante e frutífera, o sofrimento pode violentar nossas vidas e fazer brotar de nossos corações mananciais de água da vida. Então refrescantes correntes de agradecimento e gozo fluirão donde antes havia lamentos e queixas. Meu Senhor e meu Deus, só tu és capaz de saciar a fome e a sede de meu coração, pois tu o criaste para ti e para mais ninguém. Toma conta de minha vida e sê meu senhor para sempre. O clima determina a forma, a cor e o crescimento das plantas e das flores. Na selva, muitas vezes observamos insetos que tem adquirido a forma e a cor das verdes folhas com as quais se alimentam. Nas neves do norte, a pele do urso polar tem a mesma brancura da neve. O tigre de Bengala tem listras na pele, como os maciços de juncos de onde vivem. Quando uma esponja está na água e a água encharca a esponja, podemos seguramente afirmar que a água não é a esponja nem a esponja é a água. Da mesma forma, quando eu mesmo me encontro submerso em Deus, Deus plenifica meu coração fazendo com que eu fique em completa união com Deus, porém eu não sou Deus e Deus não sou eu. Somos distintos, porém não separados. Se nós não fizermos uso das faculdades espirituais que nos tem sido dadas, as perderemos. É o que sucede, por exemplo, com os peixes que tem vivido prolongadamente na escuridão de águas profundas. Tem vivido tanto tempo nestas condições que se encontram completamente cegos. Se permanecermos em comunhão com Deus, nossos hábitos e disposições e inclusive nossa aparência mudam totalmente. Sempre que abrimos nossos corações a Deus recebemos um alimento espiritual e crescemos mais e mais em semelhança de Deus até que alcançamos a madureza espiritual. E uma vez que abrimos nossos olhos espirituais e vemos a presença de Deus, encontramos a indescritível e interminável glória. Sentar aos pés do Mestre em súplica é a maior faculdade de teologia do mundo.
Sundar Singh buscou Deus no siquismo, no hinduísmo, no budismo e no islã. Expôs-se também ao cristianismo durante um ano, numa escola local mantida por missionários presbiterianos norte-americanos, mas quanto mais ouvia do Novo Testamento, mais rancoroso ficava em relação a ele. Deixou a escola. Quando via missionários em público, ofendia-os, e mandava os servos de seu pai fazerem o mesmo. Por fim, queimou um exemplar do Novo Testamento em público para expressar sua indignação.
Depois, Sundar Singh percebeu que sua fanática oposição ao cristianismo disfarçava uma atração secreta por ele. Seu pai reprovava tanto seu ato de queimar uma Bíblia quanto sua obsessão pelas religiões indianas habituais, e se perguntava se o filho não estaria perdendo a sanidade mental. De fato, em 17 de dezembro de 1904, com 15 anos de idade, Sundar Singh despediu-se do pai, anunciando que cometeria suicídio antes do desjejum. Ele efetivamente planejava deitar-se na ferrovia perto de sua casa e deixar que o trem expresso das 5 da manhã passasse por cima dele, para poder se encontrar com Deus no além.
Às 3 da manhã de 18 de dezembro, ele se levantou e tomou um banho frio, conforme o costume hindu. Então suplicou repetidamente a Deus que se revelasse a ele antes da chegada do trem. De repente, uma luz tão intensa brilhou em seu pequeno quarto que ele olhou à volta para ver se a casa não estaria pegando fogo. Depois surgiu uma nuvem luminosa, e nela ele viu, irradiando amor, a face de um Homem. Em perfeito hindustani, a língua nativa de Sundar Singh, o Homem lhe disse: “Por que me persegues? Lembra-te de que dei minha vida por ti na Cruz”.
Mais tarde, Sundar Singh viria a escrever: “O que vi não foi imaginação minha. Até aquele momento eu odiava Jesus Cristo e nunca o cultuara. Se eu estivesse falando de Buda, seria possível que fosse imaginação, pois eu estava habituado a cultuá-lo. Mas não foi sonho. Quando se acabou de tomar um banho frio, não se sonha! Era realidade; era o Cristo Vivo!”
Sundar Singh prostrou-se diante de Jesus e o adorou. Sua alma foi finalmente invadida por paz e júbilo. No desjejum, ele disse ao seu pai, que estava perplexo: “O velho Sundar Singh morreu; eu sou um novo ser”.  Obviamente sua conversão se assemelhava muito à do apóstolo Paulo, e ele falava dela a todos que o quisessem ouvir.
Para seu pai, a conversão cristã de Sundar era ainda menos aceitável que sua antiga inimizade com o cristianismo; ele considerava o filho um louco. A família o pressionou a abandonar sua nova fé, e, por fim, o expulsou de casa. Diz-se que a última refeição que ele fez em casa estava envenenada. Seu amigo Gardit Singh, que se tornara cristão na mesma época, de fato morreu após comer comida envenenada. Com o alvoroço local, a estação missionária teve de ser fechada, e os cristãos do povoado se mudaram para longe, em busca de segurança.
Sundar Singh foi estudar a Bíblia em uma estação missionária médica. Era ilegal ser batizado antes dos 16 anos, por isso ele foi batizado como cristão anglicano em seu aniversário, em 3 de setembro de 1905. Seu professor o aconselhou a fazer curso teológico, mas ele, em vez disso, se sentia chamado a pregar o evangelho como sacerdote indiano tradicional.
Trinta e três dias após seu batismo, Sundar Singh vestiu o manto amarelo de linho usado pelos hindus celibatários e partiu, levando somente um Novo Testamento em hindustani e um cobertor que ele costumava enrolar em torno da cabeça, como um turbante. Não usava dinheiro e nunca pediu nada. Quando ninguém lhe oferecia alimento ou abrigo, passava sem eles. Também não possuía a adaga que os homens sikh costumam carregar para se proteger. Quando lhe perguntavam se as pedras não feriam seus pés descalços, ele respondia que seus pés eram tão duros que eles é que feriam as pedras.
Como um sikh típico, Sundar Singh tinha pouco mais de 1,80m de altura, barba espessa e olhos escuros brilhantes. Seu olhar transmitia uma profunda paz interior, o que atraía as pessoas a ele. Em pé, seu corpo era bem aprumado. Crianças e animais sempre eram atraídos por ele. Amava brincar com crianças e tinha um bom senso de humor. Quando falava de Jesus, seu semblante inteiro se iluminava, irradiando júbilo. Depois da visão que teve, em 18 de dezembro de 1904, só um interesse e paixão ardiam em seu coração: servir Jesus.
Assim, perambulou pela Índia, Afeganistão e Caxemira, pregando o evangelho de Cristo. Uniu-se a Samuel Stokes, um missionário norte-americano que deixara para trás sua família abastada para tentar viver na Índia como São Francisco de Assis. Juntos, os dois amigos trabalharam numa colônia para leprosos e depois no Hospital de Doenças Contagiosas, em Lahore.
Em 1909, seguindo o conselho de amigos, Sundar Sing tornou-se estudante de teologia na Faculdade Saint John’s Divinity, em Lahore. Continuou sendo anglicano por toda a vida e pregava frequentemente em igrejas anglicanas, mas como pregador, recusava-se a ser vinculado a uma denominação. Para ele, todos os cristãos eram um. Sundar Singh também respeitava as religiões que o alimentaram na infância, e as via plenificadas em Cristo. Ele acreditava em dar às pessoas a água viva de Deus na taça da própria cultura delas, não numa taça estrangeira. Sentiu um chamado especial para pregar nas terras perigosas e inacessíveis do Tibete, e fez, a pé, muitas viagens quase impraticáveis para lá.
Certo dia, sentado numa rocha, vi abaixo de mim um pássaro que caminhava vagarosamente. Abaixei-me para observar o que acontecia. Uma serpente arrastava-o para si, com seu poder hipnótico. Preso pelos olhos fascinantes do réptil, o pássaro inconscientemente aproximava-se cada vez mais. E quando chegou a determinado ponto, a serpente o agarrou com os dentes e devorou-o. Poderia ter fugido, enquanto estava longe.
Também Satanás tenta arrastar-nos para ele por processos ilusórios e agradáveis. Há apenas um modo de fugir-lhe: em lugar de voltarmos para o diabo os nossos corações, devemos fazê-lo em relação a Deus.
Certa vez, no norte da Índia, lia eu um livro religioso em casa de um amigo e deparei com trechos que não entendia bem. O meu hóspede, doutor em Teologia e Filosofia, deu-me explicações que me pareceram inteiramente satisfatórias. Mais tarde, contudo, encontrei o autor, que explicou os mesmos trechos de modo inteiramente diverso.
Às vezes, homens instruídos enganam-se com o sentido das Escrituras. Para conhecermos a significação real devemos ir ao autor, isto é, devemos viver com o Espírito Santo, que é o verdadeiro autor das Escrituras.
Fonte: Livro – O apóstolo dos pés sangrentos.
Certo dia, um homem apanhou um rolo de corda muito emaranhado e tentou desfazer os nós. Gastou horas nessa ocupação.
O seu filho pequenino, observando-o, tomou outra corda, prendeu-a em uma árvore
e fez um laço na extremidade. Depois colocou o pescoço no laço e enforcou-se, enquanto o pai tentava desfazer os nós.
Quando a mãe viu aquilo, correu ao local, gritando.
- Desgraçado... a criança esta a morrer! Em lugar de a salvares, desembaraça os nós que há na corda.
É o que acontece com as vãs especulações. O tempo que se gasta com elas poderia ser usado para salvar milhões de almas que perecem.
Fonte: Sadu Sundar Singh - O Apóstolo dos Pés Sangrentos