SADU SUNDAR SINGH
O AMOR DE
DEUS: Se dois homens amarem a mesma pessoa, tornar-se-ão rivais e terão ciúme
um do outro. Isto não acontece com referência ao amor do homem a Deus. Um
indivíduo que ame a Deus não terá ciúme de outros que o amem também. Ele
sentir-se-á triste, se eles não o amarem. A razão desta diferença entre o amor
humano e o divino é a infinidade do amor de Deus. O homem não pode corresponder
com igual afeição a todos os que o amam, visto que sua capacidade de amar é
limitada, mas Deus não tem limite em seu amor, e, portanto, é suficiente para
todos.
A VIDA
FUTURA: A crença na vida futura é característica de todos os povos e em todos
os tempos. Os desejos importam numa realização possível. A sêde testifica a
existência da água, e a fome, de alimento. O desejo de viver eternamente é em
si uma prova de sua realização. Além disto, temos desejos mais nobres do
Espírito que não podem ser satisfeitos neste mundo. Portanto, deve haver outro
mundo espiritual em que estes desejos sejam cumpridos. O mundo material não
pode de forma alguma satisfazer nossos desejos de espiritualidade. As
aspirações da alma só podem ser satisfeitas por Deus que a criou, bem como a
sêde espiritual que lhe é inerente. Deus criou o homem a sua imagem e
semelhança, portanto, o homem tem em si algo da natureza divina, que aspira a
ter comunhão com ele. E quando estamos enraizados no Ser Eterno, ficaremos
satisfeitos e gozaremos Vida Eterna n'Ele.
PARA
NOSSA REFLEXÃO: Quando permanecemos à beira de um precipício e olhamos para o
mesmo, ficamos tontos e com medo, ainda, que seja de pouca profundidade. Mas
nunca temos receio de contemplar os céus, ainda que nossos olhos divisem
distâncias muito maiores. Qual a razão? Porque não podemos cair para cima. Há
contudo, um perigo de cairmos para baixo e sermos reduzidos a pó. Contemplando
o Eterno, sentimos que estamos seguros n'Ele e que não há perigo algum. Mas
quando nos afastamos d'Ele, nos amedrontamos, porque nos desligamos da
Realidade, e podemos ser aniquilados completamente. As algas marinhas são tão
delicadas que ao bater de uma onda ficariam completamente destruídas. Quando há
o menor indício de uma tempestade, elas mergulham no fundo do mar, afastando-se
o mais possível da tempestade e das ondas. Quando o homem de oração antecipa os
ataques do pecado e do sofrimento do mundo, imediatamente mergulha no oceano do
amor divino, onde há paz e calma eternas. A paz maravilhosa que o homem de
oração sente, quando está orando, não é resultado de sua própria imaginação ou
de seu pensamento, mas o resultado da presença divina na alma.
TAL QUAL
A FRAGRÂNCIA DAS FLORES: Passando por uma aldeia no Himalaia, vi um monte de
lixo. O mau cheiro era tanto que me causou náuseas. Dias depois passei
novamente pelo mesmo lugar. Percebi que um odor suave cobria o mau cheiro.
Surpreendido, fui investigar o caso e verifiquei que haviam nascido ali flores
que espalhavam ao redor o seu perfume. O calor e a luz do Sol deram às flores
beleza e fragrância. O lugar era imundo, mas a própria imundície servia de
adubo. Também nós vivemos num mundo sem limpeza e malcheiroso. Mas se, como as
flores, tivermos os corações abertos para o Sol da Justiça e a sua fragrância,
e as coisas do mundo, como adubo, nos auxiliarão na vida espiritual.
PALAVRAS LUMINOSAS: A chuva e os
vendavais trazem destruição, porém também limpam a terra de pestes e
enfermidades. Do mesmo modo, o sopro do Espírito nos transmite seu poder e em
sua força, nos traz saúde espiritual e a felicidade. Do mesmo modo que um
terremoto pode abrir poços de água doce ao entrar em erupção no deserto, fazendo
com que a terra seja exuberante e frutífera, o sofrimento pode violentar nossas
vidas e fazer brotar de nossos corações mananciais de água da vida. Então
refrescantes correntes de agradecimento e gozo fluirão donde antes havia
lamentos e queixas. Meu Senhor e meu Deus, só tu és capaz de saciar a fome e a
sede de meu coração, pois tu o criaste para ti e para mais ninguém. Toma conta
de minha vida e sê meu senhor para sempre. O clima determina a forma, a cor e o
crescimento das plantas e das flores. Na selva, muitas vezes observamos insetos
que tem adquirido a forma e a cor das verdes folhas com as quais se alimentam.
Nas neves do norte, a pele do urso polar tem a mesma brancura da neve. O tigre
de Bengala tem listras na pele, como os maciços de juncos de onde vivem. Quando
uma esponja está na água e a água encharca a esponja, podemos seguramente
afirmar que a água não é a esponja nem a esponja é a água. Da mesma forma,
quando eu mesmo me encontro submerso em Deus, Deus plenifica meu coração
fazendo com que eu fique em completa união com Deus, porém eu não sou Deus e
Deus não sou eu. Somos distintos, porém não separados. Se nós não fizermos uso
das faculdades espirituais que nos tem sido dadas, as perderemos. É o que
sucede, por exemplo, com os peixes que tem vivido prolongadamente na escuridão
de águas profundas. Tem vivido tanto tempo nestas condições que se encontram
completamente cegos. Se permanecermos em comunhão com Deus, nossos hábitos e
disposições e inclusive nossa aparência mudam totalmente. Sempre que abrimos
nossos corações a Deus recebemos um alimento espiritual e crescemos mais e mais
em semelhança de Deus até que alcançamos a madureza espiritual. E uma vez que
abrimos nossos olhos espirituais e vemos a presença de Deus, encontramos a indescritível
e interminável glória. Sentar aos pés do Mestre em súplica é a maior faculdade
de teologia do mundo.
Sundar Singh buscou
Deus no siquismo, no hinduísmo, no budismo e no islã. Expôs-se também ao
cristianismo durante um ano, numa escola local mantida por missionários
presbiterianos norte-americanos, mas quanto mais ouvia do Novo Testamento, mais
rancoroso ficava em relação a ele. Deixou a escola. Quando via missionários em
público, ofendia-os, e mandava os servos de seu pai fazerem o mesmo. Por fim,
queimou um exemplar do Novo Testamento em público para expressar sua
indignação.
Depois, Sundar Singh
percebeu que sua fanática oposição ao cristianismo disfarçava uma atração
secreta por ele. Seu pai reprovava tanto seu ato de queimar uma Bíblia quanto
sua obsessão pelas religiões indianas habituais, e se perguntava se o filho não
estaria perdendo a sanidade mental. De fato, em 17 de dezembro de 1904, com 15
anos de idade, Sundar Singh despediu-se do pai, anunciando que cometeria
suicídio antes do desjejum. Ele efetivamente planejava deitar-se na ferrovia
perto de sua casa e deixar que o trem expresso das 5 da manhã passasse por cima
dele, para poder se encontrar com Deus no além.
Às 3 da manhã de 18 de
dezembro, ele se levantou e tomou um banho frio, conforme o costume hindu.
Então suplicou repetidamente a Deus que se revelasse a ele antes da chegada do
trem. De repente, uma luz tão intensa brilhou em seu pequeno quarto que ele
olhou à volta para ver se a casa não estaria pegando fogo. Depois surgiu uma
nuvem luminosa, e nela ele viu, irradiando amor, a face de um Homem. Em
perfeito hindustani, a língua nativa de Sundar Singh, o Homem lhe disse: “Por
que me persegues? Lembra-te de que dei minha vida por ti na Cruz”.
Mais tarde, Sundar Singh viria a escrever: “O que vi não foi imaginação minha. Até aquele momento eu odiava Jesus Cristo e nunca o cultuara. Se eu estivesse falando de Buda, seria possível que fosse imaginação, pois eu estava habituado a cultuá-lo. Mas não foi sonho. Quando se acabou de tomar um banho frio, não se sonha! Era realidade; era o Cristo Vivo!”
Mais tarde, Sundar Singh viria a escrever: “O que vi não foi imaginação minha. Até aquele momento eu odiava Jesus Cristo e nunca o cultuara. Se eu estivesse falando de Buda, seria possível que fosse imaginação, pois eu estava habituado a cultuá-lo. Mas não foi sonho. Quando se acabou de tomar um banho frio, não se sonha! Era realidade; era o Cristo Vivo!”
Sundar Singh
prostrou-se diante de Jesus e o adorou. Sua alma foi finalmente invadida por
paz e júbilo. No desjejum, ele disse ao seu pai, que estava perplexo: “O velho
Sundar Singh morreu; eu sou um novo ser”. Obviamente sua conversão se assemelhava muito
à do apóstolo Paulo, e ele falava dela a todos que o quisessem ouvir.
Para seu pai, a conversão cristã de Sundar era ainda menos aceitável que sua antiga inimizade com o cristianismo; ele considerava o filho um louco. A família o pressionou a abandonar sua nova fé, e, por fim, o expulsou de casa. Diz-se que a última refeição que ele fez em casa estava envenenada. Seu amigo Gardit Singh, que se tornara cristão na mesma época, de fato morreu após comer comida envenenada. Com o alvoroço local, a estação missionária teve de ser fechada, e os cristãos do povoado se mudaram para longe, em busca de segurança.
Sundar Singh foi estudar a Bíblia em uma estação missionária médica. Era ilegal ser batizado antes dos 16 anos, por isso ele foi batizado como cristão anglicano em seu aniversário, em 3 de setembro de 1905. Seu professor o aconselhou a fazer curso teológico, mas ele, em vez disso, se sentia chamado a pregar o evangelho como sacerdote indiano tradicional.
Para seu pai, a conversão cristã de Sundar era ainda menos aceitável que sua antiga inimizade com o cristianismo; ele considerava o filho um louco. A família o pressionou a abandonar sua nova fé, e, por fim, o expulsou de casa. Diz-se que a última refeição que ele fez em casa estava envenenada. Seu amigo Gardit Singh, que se tornara cristão na mesma época, de fato morreu após comer comida envenenada. Com o alvoroço local, a estação missionária teve de ser fechada, e os cristãos do povoado se mudaram para longe, em busca de segurança.
Sundar Singh foi estudar a Bíblia em uma estação missionária médica. Era ilegal ser batizado antes dos 16 anos, por isso ele foi batizado como cristão anglicano em seu aniversário, em 3 de setembro de 1905. Seu professor o aconselhou a fazer curso teológico, mas ele, em vez disso, se sentia chamado a pregar o evangelho como sacerdote indiano tradicional.
Trinta e três dias após
seu batismo, Sundar Singh vestiu o manto amarelo de linho usado pelos hindus
celibatários e partiu, levando somente um Novo Testamento em hindustani e um
cobertor que ele costumava enrolar em torno da cabeça, como um turbante. Não
usava dinheiro e nunca pediu nada. Quando ninguém lhe oferecia alimento ou
abrigo, passava sem eles. Também não possuía a adaga que os homens sikh
costumam carregar para se proteger. Quando lhe perguntavam se as pedras não
feriam seus pés descalços, ele respondia que seus pés eram tão duros que eles é
que feriam as pedras.
Como um sikh típico,
Sundar Singh tinha pouco mais de 1,80m de altura, barba espessa e olhos escuros
brilhantes. Seu olhar transmitia uma profunda paz interior, o que atraía as
pessoas a ele. Em pé, seu corpo era bem aprumado. Crianças e animais sempre
eram atraídos por ele. Amava brincar com crianças e tinha um bom senso de
humor. Quando falava de Jesus, seu semblante inteiro se iluminava, irradiando
júbilo. Depois da visão que teve, em 18 de dezembro de 1904, só um interesse e
paixão ardiam em seu coração: servir Jesus.
Assim, perambulou pela Índia, Afeganistão e Caxemira, pregando o evangelho de Cristo. Uniu-se a Samuel Stokes, um missionário norte-americano que deixara para trás sua família abastada para tentar viver na Índia como São Francisco de Assis. Juntos, os dois amigos trabalharam numa colônia para leprosos e depois no Hospital de Doenças Contagiosas, em Lahore.
Assim, perambulou pela Índia, Afeganistão e Caxemira, pregando o evangelho de Cristo. Uniu-se a Samuel Stokes, um missionário norte-americano que deixara para trás sua família abastada para tentar viver na Índia como São Francisco de Assis. Juntos, os dois amigos trabalharam numa colônia para leprosos e depois no Hospital de Doenças Contagiosas, em Lahore.
Em 1909, seguindo o
conselho de amigos, Sundar Sing tornou-se estudante de teologia na Faculdade
Saint John’s Divinity, em Lahore. Continuou sendo anglicano por toda a vida e
pregava frequentemente em igrejas anglicanas, mas como pregador, recusava-se a
ser vinculado a uma denominação. Para ele, todos os cristãos eram um. Sundar
Singh também respeitava as religiões que o alimentaram na infância, e as via
plenificadas em Cristo. Ele acreditava em dar às pessoas a água viva de Deus na
taça da própria cultura delas, não numa taça estrangeira. Sentiu um chamado
especial para pregar nas terras perigosas e inacessíveis do Tibete, e fez, a
pé, muitas viagens quase impraticáveis para lá.
Certo dia, sentado numa
rocha, vi abaixo de mim um pássaro que caminhava vagarosamente. Abaixei-me para
observar o que acontecia. Uma serpente arrastava-o para si, com seu poder
hipnótico. Preso pelos olhos fascinantes do réptil, o pássaro inconscientemente
aproximava-se cada vez mais. E quando chegou a determinado ponto, a serpente o
agarrou com os dentes e devorou-o. Poderia ter fugido, enquanto estava longe.
Também Satanás tenta arrastar-nos para ele por processos ilusórios e agradáveis. Há apenas um modo de fugir-lhe: em lugar de voltarmos para o diabo os nossos corações, devemos fazê-lo em relação a Deus.
Também Satanás tenta arrastar-nos para ele por processos ilusórios e agradáveis. Há apenas um modo de fugir-lhe: em lugar de voltarmos para o diabo os nossos corações, devemos fazê-lo em relação a Deus.
Certa vez, no norte da
Índia, lia eu um livro religioso em casa de um amigo e deparei com trechos que
não entendia bem. O meu hóspede, doutor em Teologia e Filosofia, deu-me
explicações que me pareceram inteiramente satisfatórias. Mais tarde, contudo,
encontrei o autor, que explicou os mesmos trechos de modo inteiramente diverso.
Às vezes, homens
instruídos enganam-se com o sentido das Escrituras. Para conhecermos a
significação real devemos ir ao autor, isto é, devemos viver com o Espírito
Santo, que é o verdadeiro autor das Escrituras.
Fonte: Livro – O apóstolo dos pés sangrentos.
Fonte: Livro – O apóstolo dos pés sangrentos.
Certo dia, um homem
apanhou um rolo de corda muito emaranhado e tentou desfazer os nós. Gastou
horas nessa ocupação.
O seu filho pequenino, observando-o, tomou outra corda, prendeu-a em uma árvore
e fez um laço na extremidade. Depois colocou o pescoço no laço e enforcou-se, enquanto o pai tentava desfazer os nós.
O seu filho pequenino, observando-o, tomou outra corda, prendeu-a em uma árvore
e fez um laço na extremidade. Depois colocou o pescoço no laço e enforcou-se, enquanto o pai tentava desfazer os nós.
Quando a mãe viu
aquilo, correu ao local, gritando.
- Desgraçado... a
criança esta a morrer! Em lugar de a salvares, desembaraça os nós que há na
corda.
É o que acontece com as vãs especulações. O tempo que se gasta com elas poderia ser usado para salvar milhões de almas que perecem.
Fonte: Sadu Sundar
Singh - O Apóstolo dos Pés SangrentosÉ o que acontece com as vãs especulações. O tempo que se gasta com elas poderia ser usado para salvar milhões de almas que perecem.
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