BIOGRAFIA RESUMIDA DE PIETRO UBALDI
Pietro Ubaldi, filho de Sante Ubaldi e Lavínia Alleori Ubaldi, nasceu em 18 de agosto de 1886, às 20h30. Ele escolheu os pais e a cidade onde iria nascer, Foligno, Província de Perúgia (capital da Úmbria). Foligno fica situada a 18 Km de Assis, cidade natal de Francisco de Assis. Até hoje as cidades franciscanas guardam o mesmo misticismo legado pelo grande “poverelo” de Assis, que viveu para Cristo, renunciando os bens materiais e os prazeres deste mundo.
Pietro Ubaldi sentiu desde a sua infância
uma poderosa inclinação pelo franciscanismo e pela Boa Nova de Cristo.
Não foi compreendido, e nem poderia sê-lo, porque seus pais viviam
felizes com a riqueza e com o conforto proporcionado por ela. A senhora
Lavínia era descendente da nobreza italiana, única herdeira do título e
de uma enorme fortuna, inclusive do Palácio Alleori Ubaldi. Assim,
Pietro Alleori Ubaldi foi educado com os rigores de uma vida palaciana.
Não pode ser fácil a um legítimo
franciscano viver num palácio. Naturalmente, ele sentiu-se deslocado
naquele ambiente, expatriado de seu mundo espiritual. A disciplina no
palácio, ele aceitou-a facilmente. Todos deveriam seguir a orientação
dos pais e obedecer-lhes em tudo, até na religião. Tinham que ser
católicos praticantes dos atos religiosos, realizados na capela da
Imaculada Conceição, no interior do palácio.
Pietro Ubaldi foi sempre obediente aos
pais, aos professores, à família e, em sua vida missionária, a Cristo.
Nem todas as obrigações palacianas lhe agradavam, mas ele as cumpriu até
a sua total libertação. A primeira liberdade se deu aos cinco anos,
quando solicitou a sua mãe que o mandasse à escola, e aquela bondosa
senhora atendeu ao pedido do filho. A segunda liberdade, verdadeiro
desabrochamento espiritual, aconteceu no ginásio, ao ouvir do professor
de ciência a palavra “evolução”.
Outra grande liberdade para o seu
espírito foi com a leitura de livros sobre a imortalidade da alma e
reencarnação, tornando-se reencarnacionista aos 26 anos. Daí por diante,
os dois mundos, material e espiritual, começaram a fundir-se em um só. A
vida na Terra não poderia ter outra finalidade, além daquelas de servir
a Cristo e ser útil aos homens.
Pietro Ubaldi formou-se em Direito
(profissão escolhida pelos pais, mas jamais exercida por ele) e Música
(oferecimento, também, de seus genitores), fez-se poliglota autodidata,
falando fluentemente Inglês, Francês, Alemão, Espanhol e Português;
conhecendo bem, ainda, o Latim. Mergulhou nas diferentes correntes
filosóficas e religiosas, destacando-se como um grande pensador cristão
em pleno século XX. Ele era um homem de cultura invejável, o que muito
lhe facilitou o cumprimento de sua missão. A sua tese de formatura na
Universidade de Roma foi sobre “A Emigração Transatlântica,
Especialmente para o Brasil”, muito elogiada pela banca examinadora e
publicada num volume de 266 páginas pela Editora Ermano Loescher Cia.
Logo após a defesa dessa tese, o Sr. Sante Ubaldi lhe deu como prêmio
uma viagem aos EUA, durante seis meses.
Pietro Ubaldi casou-se com vinte e cinco
anos, a conselho dos pais que escolheram para ele uma jovem rica e
bonita, possuidora de virtudes e fina educação. Como recompensa pela
aceitação e escolha, seu pai transferiu para o casal um patrimônio igual
àquele trazido pela senhora Maria Antonieta Solfanelli Ubaldi. Este
era, agora, o nome da jovem esposa. O casamento não estava nos planos de
Ubaldi, somente justificável porque fazia parte de seu destino. Ele
girava em torno de outros objetivos: o Evangelho e os ideais
franciscanos. Mesmo assim, do casal Maria Antonieta e Pietro Ubaldi
nasceram três filhos: Vicenzina (desencarnada aos dois anos de idade, em
1919), Franco (morto em 1942, na 2° Guerra Mundial) e Agnese (falecida
em São Paulo em 1975).
Aos poucos, Pietro Ubaldi foi abandonando
a riqueza, deixando-a por conta do administrador de confiança da
família. Após 16 anos de enlace matrimonial, em 1927, por ocasião da
desencarnação de seu pai, ele fez o “voto de pobreza”, transferindo à
família a parte dos bens que lhe pertencia. Aprovando aquele gesto de
amor ao Evangelho, Cristo lhe apareceu. Isso para ele foi a maior
confirmação à atitude tão acertada.
Em 1931, com 45 anos, Pietro Ubaldi
assumiu uma nova postura, estarrecedora para seus familiares: a renúncia
fransciscana. Daquele ano em diante iria viver com o suor do seu rosto e
renunciava todo o conforto proporcionado pela família e pela riqueza
material existente. Fez concurso para professor de Inglês, foi aprovado e
nomeado para o Liceu Tomaso Campailla, em Módica, Sicilia – região
situada no extremo sul da Itália – onde trabalhou somente um ano letivo.
Em 1932 fez outro concurso e foi removido para a Escola Média Estadual
Otaviano Nelli, em Gúbio, ao norte da Itália, mais próximo da família.
Nessa urbe, também franciscana, ele trabalhou durante 20 anos e fez dela
a sua segunda cidade natal, vivendo num quarto humilde de uma casa
pequena e pobre (pensão do casal Norina-Alfredo Pagani – rua del Fiume,
n° 4), situada na encosta da montanha.
A vida de Pietro teve quatro períodos
distintos (v. livro “Profecias” – “Gênese da II Obra”): dos 5 aos 25
anos – formação física e cultural; dos 25 aos 45 anos – maturação
interior, espiritual, na dor; dos 45 aos 65 anos – Obra italiana
(produção conceptual); dos 65 aos 85 anos – obra brasileira (realização
concreta da missão).
O MISSIONÁRIO
Na primeira semana de setembro de 1931,
depois da grande decisão franciscana, Cristo novamente lhe apareceu e
desta vez acompanhado de Francisco de Assis. Um à direita e outro à
esquerda, fizeram companhia a Pietro Ubaldi, durante vinte minutos em
sua caminhada matinal, na estrada de Colle Umberto. Estava, portanto,
confirmada sua posição.
Em 25 de dezembro de 1931, chegou-lhe, de
improviso, a primeira mensagem: “Mensagem de Natal”. Por intuição ele
sentiu: estava aí o início de sua missão. Outras mensagens surgiram em
novas oportunidades. Todas com a mesma linguagem e conteúdo divino.
No verão de 1932, começou a escrever “A
Grande Síntese”, que só terminou em 23 de agosto de 1935 às 23 horas.
Esse livro com 100 capítulos, escrito em quatro verões sucessivos, foi
traduzido para vários idiomas. Somente no Brasil já alcançou 16 edições.
Grandes escritores do mundo inteiro opinaram, favoravelmente, sobre “A
Grande Síntese”. Ainda outros compêndios, verdadeiros mananciais de
sabedoria cristã, surgiram nos anos seguintes, completando os dez
volumes escritos na Itália:
Grandes Mensagens
A Grande Síntese
As Noúres
Ascese Mística
História de Um Homem
Fragmentos de Pensamento e de Paixão
A Nova Civilização do 3° Milênio
Problemas do Futuro
Ascensões Humanas
Deus e Universo
Com esse último livro (Deus e Universo),
Pietro Ubaldi completou a visão teológica, além de profundos
ensinamentos no campo da ciência e da filosofia. “A Grande Síntese” e
“Deus e Universo” formam um tratado teológico completo que se encontra
ampliado, esclarecido mais pormenorizadamente, em outros volumes
escritos na Itália e no Brasil, a segunda pátria de Ubaldi.
O Brasil é a terra escolhida para ser o
berço espiritual da nova civilização do 3° milênio. Aqui vivem
diferentes povos irmanados, independentes de raças ou religiões que
professem. Ora, Pietro Ubaldi exerceu um ministério imparcial e
universal, e nenhum país seria tão adaptado à sua missão quanto o
Brasil. Por isso o destino quis trazê-lo para cá e aqui completar sua
tarefa missionária.
Nesta terra do cruzeiro do sul, ele
esteve em 1951 e realizou dezenas de conferências de Norte a Sul, de
Leste a Oeste. Em 8 de dezembro do ano seguinte desembarcaram, no porto
de Santos, Pietro Ubaldi acompanhado da esposa, filha e duas netas
(Maria Antonieta e Maria Adelaide), atendendo a um convite dos amigos de
São Paulo para vir morar neste imenso país. É oportuno lembrar que
Ubaldi renunciou aos bens materiais, mas não aos deveres para com a
família, que se tornou pobre porque o administrador, primo de sua
esposa, dilapidou toda a riqueza entregue à ele para gerenciá-la.
Em 1953, Pietro Ubaldi retornou à sua
missão apostolar, continuou a recepção de livros e recebeu a última
mensagem – “Mensagem da Nova Era” – em São Vicente, no edifício Iguaçu,
na av. Manoel de Nóbrega, n° 686, apto. 92. Dois anos depois
transferiu-se, com a família, para o edifício Nova Era (apenas
coincidência, nada tendo haver com a mensagem escrita no edifício
anterior), praça 22 de janeiro, n° 521, apto. 90. Em seu quarto, naquele
apartamento, ele completou sua missão. Escreveu, em São Vicente, a
segunda parte da obra, chamada brasileira, porque escrita no Brasil,
composta de:
Profecias
Comentários
Problemas Atuais
O Sistema
A Grande Batalha
Evolução e Evangelho
A Lei de Deus
A Técnica Funcional da Lei de Deus
Queda e Salvação
Princípios de Uma Nova Ética
A Descida dos Ideais
Um Destino Seguindo Cristo
Pensamentos
Cristo
São Vicente, São Paulo, célula máter do
Brasil, foi a terceira cidade natal de Ubaldi. Aquela cidade praiana tem
um longo passado na história de nossa pátria, desde José Anchieta e
Manoel da Nóbrega até o autor de “A Grande Síntese”, que viveu ali o seu
último período de vinte anos. Pietro Ubaldi, o Mensageiro de Cristo,
previu o dia e o ano do término de sua obra – Natal de 1971 – com 16
anos de antecedência. Ainda profetizou que sua morte aconteceria logo
depois desta data. Tudo confirmado. Ele desencarnou no hospital São
José, quarto n° 5, às 0h30, em 29 de fevereiro de 1972. Saber quando vai
morrer e esperar, com alegria, a chegada da irmã morte, são privilégios
de poucos… O arauto da nova civilização do espírito foi um homem
privilegiado.
A leitura das obras de Ubaldi descortina outros horizontes a uma nova concepção de vida.
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