sexta-feira, 1 de agosto de 2025

ESTUDO DO LIVRO CRISTO - Capítulo 1: Tudo-Uno-Deus

 

 

Este estudo tem como objetivo ajudar o leitor do livro Cristo. Traz um resumo e alguns comentários sobre a obra.

1ª Parte: A figura de Cristo

Capítulo 1:

Ubaldi inicia explicando o propósito que é compreender o fenômeno da presença de Cristo na Terra. Para isso emprega os processos da indagação racional e da lógica (linguagem não ortodoxa). Ubaldi enfatiza que os tempos modernos são das pessoas que precisam compreender para crer, e não apenas porque quem disse é autoridade nisso ou naquilo.

Ubaldi apresenta Cristo sob outros aspectos que Lhe dizem respeito (questões não tradicionais).

É um livro feito para pensar e não descansar, incentivando o leitor a meditar sobre as questões para convencer-se por si mesmo.

Ubaldi lembra que os princípios da teoria por ele defendida, que é a base da obra, estão demonstrados nos outros 23 livros precedentes.

Faz um resumo dos princípios: inicia dizendo que a trindade (3 momentos ou 3 modos de existir) não é negada, pelo contrário, é explicada pela inteligência e a forma mental atuais e mais abrangente.

1º momento: Deus é inteligência que pensa numa ideação abstrata, efetuando a concepção da lei (concepção mental) que regulará o funcionamento da existência do Todo.

2º momento: Deus é a vontade que realiza aquela ideação abstrata (funcionamento da lei - ação)

3º momento: Deus é a Sua obra realizada (organismo funcional).

Ou:

1º momento: Espírito (concepção, pensamento, inteligência que concebe)

2º momento: Pai (verbo, ação, vontade que executa)

3º momento: Filho (ser criado, realização, obra realizada)

Deus permanece idêntico a Si mesmo nos 3 aspectos, sem mudar intimamente na Sua substância; o que mudou foi o seu modo de existir. Ubaldi explica que é necessário utilizar linguagem antropomórfica para se fazer intendido e dar uma imagem ao nosso entendimento.

Deus é tudo; o “Tudo-Uno-Deus”, ou seja, nada existe além Dele; a criação aconteceu no Seu próprio seio, interior a Ele mesmo. Deus transformou o Seu estado inicial, de homogêneo e indiferenciado, em outro, um Sistema orgânico formado pelas criaturas hierarquicamente coordenadas e disciplinado pela Lei. Deus permaneceu no “centro” do Sistema com funções diretivas. Até aqui permanece-se numa fase de perfeição, pois o Sistema resultante conservou a natureza de sua causa. Suas criaturas eram puros Espíritos constituídos da mesma substância de Deus.

Ubaldi concilia a ideia da divinização de Cristo (das igrejas), explicando que pelo fato de Cristo ter reentrado no Sistema, voltara àquele estado inicial de quando da criação - “Uno com o Pai”, “Quem me vê, vê o Pai”.

Explica ainda que essa criação original (o Sistema) não é ainda o nosso Universo conhecido (imperfeito, material, contém desordem, ignorância, erro, mal, dor, morte... qualidades negativas, emborcadas, às avessas) não podendo ser obra direta de Deus.

Ubaldi lembra que em O Sistema e em Queda e Salvação, fora explicado exaustivamente como isso se deu em virtude da revolta de uma parte do Sistema e seu consequente desmoronamento, dando início ao ciclo Involutivo-Evolutivo, ou seja, primeiro a involução, descida do Espírito na matéria e depois a evolução, o retorno ascensional da matéria ao Espírito.

Com a “Queda” tem-se o início do relativo e do seu transformismo (dualismo que, do bem emborcado, gerou-se o mal; do conhecimento emborcado, gerou-se a ignorância, do espírito emborcado, gerou-se a matéria, da vida plena emborcada, gerou-se a morte, etc...), ou seja, nosso Universo físico (galáxias com suas estrelas, planetas e energias), com qualidades invertidas do estado original compõe o Anti-Sistema, sendo reconstituído, pela evolução, que leva tudo de volta ao Sistema (do relativo ao absoluto).

Ubaldi ainda lembra que somente uma parte do Sistema emborcou e “caiu”, ficando a outra parte em seu estado original de perfeição. É essa parte que caiu, formando o Anti-Sistema, que agora deve evolver através da própria reconstrução e voltar ao Sistema (“nenhuma das ovelhas se perderá”). Deus permaneceu sendo o centro do Todo, tanto do Sistema quanto do Anti-Sistema e Sua lei continua a reger tudo.

                                    Conheça a vida e a obra de Pietro Ubaldi


Ouça o áudio deste capítulo:

Capítulo 1

terça-feira, 29 de julho de 2025

ESTUDO DO LIVRO CRISTO - Prefácio

 

 

Este estudo tem como objetivo ajudar o leitor do livro Cristo. Traz um resumo e alguns comentários sobre a obra.

1ª Parte: A figura de Cristo

Prefácio:

Ubaldi assevera que se utilizou de uma psicologia baseada no “pensar e no compreender” em detrimento do “amar e no crer”, em virtude da atual condição da humanidade que assume uma posição mental mais apta a compreender (razão/conhecimento x sentimento/fé).

Aplica um estilo de crítica ao Evangelho, levando tudo em conta, para melhor compreender e não demolir. “Sem uma nova e mais substancial interpretação, o Evangelho pode, em alguns pontos, parecer inaplicável ao mundo moderno e, por isso, ser liquidado como inútil”.

O princípio da Evolução (princípio biológico comprovado e universalmente aceito) serviu de base para essa nova interpretação do Evangelho. Os problemas que atingem o homem de hoje não são os mesmos de há 2000 anos, ou seja, o tempo da fé cega passou, conforme diz Kardec; hoje o tempo é da fé raciocinada (porque se compreende).

Ubaldi apresenta uma interpretação do Cristo adequada não só para quem crê,  mas também para quem pensa, focando não mais no Seu aspecto humano, e sim no Seu aspecto cósmico e divino, como representante do Pai.

O Cristo é a conclusão de uma obra que nasceu no Natal de 1931 e que termina no Natal de 1971; são 40 anos situados no centro do século XX. Esses 40 anos dividem-se, num ritmo musical harmônico e controlado, em 2 períodos de 20 anos cada. O 1º foi escrito na Itália, até 1951 (época da mudança de Ubaldi para o Brasil). O 2º foi escrito no Brasil, até 1971. Iniciou-se na metade de sua vida, aos 45 anos de idade.

Na primeira metade, dos 5 aos 45 anos, foi o preparo do autor, através de várias vicissitudes. A segunda metade, dos 45 aos 85 anos, foram da compilação da obra.

Ubaldi lembra ainda que na Introdução do livro Profecias (1955), ele já apontara os 4 períodos de 20 anos que formariam a sua vida.

1º período: dos 5 aos 25 anos (1891-1911)

2º período: dos 25 aos 45 anos (1911-1931)

3º período: dos 45 aos 65 anos (1931-1951)

4º período: dos 65 aos 85 anos (1951-1971)

 

Outro dado relevante sobre essa harmonia de desenvolvimento da obra de Ubaldi, diz ele, é que a obra se iniciou com as “mensagens espirituais” do Natal de 1931 à Páscoa de 1933. Tais mensagens param nesse ano, que marca o 19º centenário da morte de Cristo, para continuar, depois, num ritmo decenal, com uma mensagem em 1943 e outra em 1953. Tudo isso, sem planejamento e vontade de Ubaldi, demonstrando que essa harmonia que controlava a obra, “faz pensar na presença de uma mente oculta organizando e dirigindo todo o trabalho”.

Conheça a vida e a obra de Pietro Ubaldi

Ouça o áudio deste capítulo em: 

Áudio Prefácio